​​As unidades educacionais do Sesc-DF voltarão às atividades no dia 8 de fevereiro em um modelo híbrido. Seguindo as determinações do último decreto, publicado pelo governo do DF, o ano letivo começará de forma gradual e escalonada.

Antes do retorno, os mais de 2 mil alunos matriculados nas unidades do Gama, Ceilândia e Taguatinga Norte da rede EduSesc e seus familiares foram submetidos a uma enquete. O objetivo foi conhecer a preferência dos responsáveis e alunos quanto ao funcionamento das aulas virtuais e presenciais.

De acordo com a coordenadora da área de Educação do Sesc-DF, Amanda Lopes Sampaio, a enquete foi realizada para conhecer a real possibilidade vivenciada por cada aluno e responsável. “Temos famílias com situação de comorbidades ou com crianças doentes, e ainda com idosos dentro de casa, e por isso, a família prefere permanecer com as aulas online, enquanto em outras famílias há a necessidade de retornar para as atividades presenciais. Então a ideia foi entender qual a necessidade dos nossos alunos matriculados”, argumentou.

Com mais de 75% das escolhas pelo modelo híbrido, as aulas recomeçarão, de forma escalonada, com metade da turma em sala e a outra metade com aulas remotas. A coordenação pedagógica estava atenta à diversidade do público, que segundo a coordenadora de Educação é muito plural e tem contextos distintos. “Muitos se preocupavam se as aulas permaneceriam online, porque se adaptaram bem, já que tinham motivos para não expor o aluno, como a presença de idosos ou familiares com comorbidades em casa; enquanto outras famílias não se adaptaram à metodologia do sistema online, ou por questões de logística, com os pais que saem para trabalhar e precisam deixar os filhos na escola, ou por dificuldades com a tecnologia, com internet ou equipamentos insuficientes para a realidade da família” explicou. 

Ainda segundo a coordenadora, o modelo híbrido, com aulas presenciais e remotas acontecendo simultaneamente, foi adaptado para os mais de 300 alunos da Educação Infantil. Isso porque, para as crianças é necessário respeitar o tempo de exposição à tela. “Por isso, criaremos salas específicas, com uma carga horária menor para o atendimento online em outro horário, com atividades exclusivas para o grupo infantil de alunos que ficarão em casa”, acrescentou.

Além disso, a experiência com as atividades escolares no último ano letivo, em decorrência da pandemia, apesar de ter sido desafiador, proporcionou ao corpo docente e aos alunos o desenvolvimento de habilidades e recursos ainda não explorados. “O ensino online nos surpreendeu com a participação, com a efetividade das ações, para a escola foi muito bom! Conseguimos fazer um atendimento e adequação dos métodos em tempo recorde, participamos de competições, conseguimos fazer as avaliações; então conseguimos transpor o atendimento presencial para o online e hoje estamos preparados para retornar completamente para o modelo online a qualquer momento”, constatou.

Dessa forma, a estrutura escolar da rede EduSesc no Distrito Federal está preparada para enfrentar o contexto, ainda de pandemia, caso haja alteração nas determinações oficiais. Os preparativos para o retorno presencial em 2021, especialmente no mês de fevereiro, seguem um rigoroso cronograma de treinamento, tanto para professores quanto para os alunos, que voltarão às atividades presenciais. 

Inicialmente nesta semana que antece o início das aulas, no período de 3 a 5 de fevereiro, os professores das 3 unidades escolares passarão por uma capacitação para promover simulações das rotinas com os protocolos sanitários. “Na primeira semana de aula faremos um escalonamento de turmas para treinar, junto com os alunos, com simulações de como irão funcionar todos os protocolos de segurança, para que todos estejam cientes sobre o funcionamento das medidas, e depois, na semana de carnaval, com 2 dias de aulas, faremos uma mobilização para que todos conheçam o ambiente online, porque mesmo que o aluno tenha escolhido pelo ensino presencial, também deverá dominar os acessos virtuais, os novos cadastros, as novas plataformas, sistemas e horários” concluiu Amanda Lopes Sampaio.​