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Palhaços Irmãos Saúde contam trajetória na arte circense e comentam expectativa para o Sesc Festclown

'Os irmãos saúde são parceiros do Sesc Festclown há 12 anos Com 18 anos de estrada, Ankomárcio, 41 anos, e Ruiberdan Saúde, 39 anos, são irmãos e juntos formam a dupla Irmãos Saúde, com os personagens C...'

Publicado em 25/04/2019 00h00 Atualizado em 25/04/2019 00h00

Os irmãos saúde são parceiros do Sesc Festclown há 12 anos

Com 18 anos de estrada, Ankomárcio, 41 anos, e Ruiberdan Saúde, 39 anos, são irmãos e juntos formam a dupla Irmãos Saúde, com os personagens Chaubraubrau e Raquaquá. Os brasilienses do Núcleo Bandeirante, cruzaram o país a bordo de um micro-ônibus todo equipado e colorido, com o Circo Artetude, levando arte de rua para todos. Parceiros do Sesc Festclown há 12 anos, os dois são presenças confirmadas em 2019 durante o maior festival de palhaçaria de Brasília, que ocorrerá de 22 a 26 de maio, no Complexo Cultural Funarte e nas unidades do Sesc-DF.

O primeiro contato com a arte foi em uma escola circense, aqui mesmo no Distrito Federal. Um projeto voltado para adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social foram os primeiros passos de Ankomárcio com circo. “Isso me marcou muito porque foi lá que eu conheci o palhaço Serenata, interpretado pelo professor da escola. Ele era fantástico e conquistava os alunos pelas histórias”, contou. Sabendo da importância social do palhaço e de tudo o que ele representa, foi com este trabalho que Ankomárcio descobriu de vez a paixão pelo circo, presente desde a infância. “Larguei tudo e disse: Vou virar palhaço. Tenho excelentes recordações desse trabalho. Meu processo de aprendizado foi parecido com o do meu irmão. Aprendemos com o Serenata”, revelou Ankomárcio.

O Circo Teatro Artetude percorre todos os estados brasileiros e já visitou alguns países vizinhos, como a Argentina. Um dos objetivos do trabalho é alcançar a periferia. “Já nos apresentamos na Cidade de Deus (Rio de Janeiro), em diversas favelas no Amazonas e em São Paulo. Percorremos todos os lugares. Costumo dizer que a autonomia do ônibus dá essa capacidade de seguir a tradição e uni-la com a tecnologia”, conta Ankomário.

Sesc Festclown

Para Ankomário, o circo convida pessoas a relaxarem da rotina diária do trabalho, de forma lúdica e simples. Na visão dele, promover um festival com palhaços nacionais e internacionais na capital federal colabora na propagação de uma das “mais incríveis formas de fazer arte”. “Quando o cidadão vai a um espetáculo de teatro, circo, e artes em geral, ele vai aprendendo a enxergar a vida de forma muito mais lúdica. Isso ajuda a suportar a dureza do cotidiano sofrido de cada um de nós. Imagine agora um festival com palhaços conhecidos no Brasil e no mundo, e de graça? Ajuda a propagar nosso trabalho, ajuda no intercâmbio que fazemos com outros palhaços e, sem dúvida, leva o circo para todos os lugares, independentemente da classe social. Levar uma das mais incríveis formas de arte faz parte do que é o Sesc Festclown”, destacou Ankomário.

“Quando o cidadão vai a um espetáculo de teatro, circo, e artes em geral, ele vai aprendendo a enxergar a vida de forma muito mais lúdica”, diz Ankomárcio.

Quando o assunto é falar sobre o futuro do trabalho feito pelos irmãos saúde, Ankomário garante que  a ideia é continuar percorrendo o mundo levando arte circense, além da criação de um documentário com a história dos dois. “Pretendemos circular pelo DF com a nossa lona de circo. Queremos levar para a população carente nosso ônibus equipado que viajou o Brasil inteiro. Outra meta é fazer da nossa história um documentário chamado Amigos, Irmãos e Palhaços”, revelou Ankomárcio.