Segundo Festival Gastronômico do Mesa Brasil DF reúne 10 receitas com menus focados na alimentação inclusiva
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Segundo Festival Gastronômico do Mesa Brasil DF reúne 10 receitas com menus focados na alimentação inclusiva
'Uma casca de banana não precisa necessariamente ir para o lixo. Ela pode ser a base, por exemplo, de um delicioso prato com carne desfiada, farofa ou até mesmo na feijoada. Com a proposta de criar rec...'
Publicado em 15/10/2021 00h00Atualizado em 15/10/2021 00h00
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Uma casca de banana não precisa necessariamente ir para o lixo. Ela pode ser a base, por exemplo, de um delicioso prato com carne desfiada, farofa ou até mesmo na feijoada. Com a proposta de criar receitas a partir do reaproveitamento ou aproveitamento integral dos alimentos, 10 instituições do Distrito Federal apresentaram nesta quinta-feira (14) pratos focados na alimentação inclusiva (exemplo, intolerância a lactose), durante a segunda edição do Festival Gastronômico do programa Mesa Brasil Sesc-DF. O resultado final de cada receita passou pelo crivo dos jurados e mostrou como reaproveitar alimentos para deixar o lixo pobre e a mesa mais rica, além de cumprir com a missão do Mesa Brasil de combater a fome e evitar o desperdício de alimentos. Nesta sexta-feira (15), às 14h, serão revelados os três melhores colocados do festival. A grande final será transmitida ao vivo no Youtube do Sesc-DF - CLIQUE AQUI.
O reaproveitamento de alimentos é uma forma que as instituições cadastradas do programa Mesa Brasil têm de aprender como aproveitar aquilo que normalmente se joga fora, com receitas saudáveis e ingredientes naturais. Todo esse esforço é para evitar que os alimentos estraguem ou parem no lixo, além de mostrar como produzir opções de pratos para o dia a dia sem gastar muito. A coordenadora do programa Mesa Brasil no DF, Lucimar Santos, explicou que o festival é resultado do trabalho que não parou durante a pandemia. “Ficamos muito surpresos com as receitas apresentadas no festival. Hoje o que mais comandou foram pratos com aproveitamento total dos alimentos. Durante a pandemia, nós fizemos muita capacitação à distância. Então isso refletiu no coroamento do trabalho que nós fizemos junto as instituições. Conseguimos perceber a preocupação deles com a redução da fome, através do aproveitamento total dos alimentos. Porque muitas vezes falta a proteína na mesa e foi mostrado durante o festival opções de como fazer essa substituição. Estamos muito felizes e gratos porque é um trabalho que nós desenvolvemos e vimos o resultado neste festival”, disse a coordenadora.
O Centro Comunitário da Criança é uma das instituições cadastradas no programa Mesa Brasil no DF e que participou nesta quinta-feira (14), pela segunda vez do festival. A instituição foi a grande vencedora da primeira edição. “Estamos participando de novo do concurso. No primeiro ano ficamos em primeiro lugar e queremos vencer de novo. É muito bom, incentiva a gente a criar pratos novos com o aproveitamento integral de qualquer alimento. Porque muitas vezes a gente acha que só vai utilizar o alimento sem casca e podemos aproveitar todo o alimento. No caso de alguns alimentos a casca tem mais valor nutritivo do que o alimento que está dentro”, disse a colaboradora do Centro Comunitário da Criança, Joelma Ferreira do Carmo.
Jurados
Os 10 cardápios produzidos pelas instituições finalistas foram degustados por uma banca de jurados composta por representantes de vários segmentos. O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do DF (Sindhobar), Jael Antônio da Silva, provou algumas receitas e ressaltou que alguns dos pratos poderia compor o cardápio de vários restaurantes do DF. “Embora eu seja do segmento de bares e restaurantes estou aprendendo coisa no festival que eu não conhecia. São opções saudáveis, criativas e que podem inclusive compor o cardápio de vários estabelecimentos. Alguns pratos ficaram tão bonitos que dava vontade de comer com os olhos”, disse Jael.
O superintendente regional da Conab do DF, Rafael Borges Bueno, também participou como jurado e ressaltou a importância do festival como forma de conhecer mais sobre o trabalho do Mesa Brasil. “Para a Conab é uma satisfação participar de mais uma ação do Sesc. Uma vez que os alimentos que são doados pela companhia ficam mais que demonstrados como eles são muito bem utilizados pelas tantas instituições que são contempladas pelo programa”, disse Rafael.
A coordenadora do curso de nutrição e docente do Centro Universitário Estácio de Sá, Carla Caputo Laboissière, compôs a mesa de jurados e destacou a qualidade e baixo custo dos pratos apresentados. “Eu gostei muito do festival. Ainda mais nessa situação que estamos vivendo de pandemia, com as coisas custando muito caro, você conseguir apresentar formas de aproveitar totalmente o alimento é fantástico. São pratos de valores nutritivos altos, com a possibilidade de você replicar isso facilmente e aproveitar ele na íntegra”, disse Carla. A gerente do supermercado Carrefour da QI 13 do Lago Sul, Marise Machado Morais, também foi jurada e disse que a iniciativa propaga a ideia de evitar o desperdício e combater a fome. “Achei fantástico por conta de multiplicar essa consciência alimentar. Nós precisamos mudar a maneira de se alimentar, além de cuidar do meio ambiente, como por exemplo, com o aproveitamento total dos alimentos. E com isso, a ideia é diminuir a fome cada vez mais”, disse a gerente.
Representando o Senac-DF, a gerente da unidade de Tecnologia do Turismo e Hospitalidade da instituição, Jackeyline Reis Mapurunga, participou do júri e disse que ficou surpresa com a quantidade de opções a partir do aproveitamento e reaproveitamento dos alimentos. “O festival foi surpreendente, um dos vários resultados do projeto Mesa Brasil em pratos magníficos, com muito sabor e criatividade. E principalmente preparados por alguns ex-alunos do Senac DF”, destacou.
O coordenador de setor na empresa Atacadão Dia a Dia no DF, Goiás e Nordeste, Jhony Michael, compôs a banca de jurados e destacou o empenho das instituições. “Muito legal poder participar de novo. A gente vê o quanto as instituições realmente dão valor e aproveitam o que a gente consegue destinar para elas. A gente sabe da quantidade de pessoas que passa necessidade e percebemos também a questão do desperdício. Quando a gente vê o quanto essas pessoas estão empenhadas em aproveitar e reaproveitar tudo, nos deixa muito grato por fazer parte”, disse Jhony.